domingo, 12 de janeiro de 2014

Veículo Adaptado

Oi pessoal!

Na minha última postagem, escrevi sobre a adaptação veicular. Falei da dificuldade de conseguir adaptar um veículo para portadores de necessidades especiais, apesar dos incentivos hoje existente. Os valores são sem dúvidas um dos maiores empecilhos para quem necessita de uma adaptação como a do meu caso.

Bom, primeiramente gostaria de agradecer a todos que colaboraram de uma forma ou de outra com a Ação entre Amigos, que foi fundamental para a conquista deste meu sonho. 

Como já tínhamos conhecimento das empresas que fazem adaptações veiculares para cadeirantes, entramos em contato com cada uma delas, para informações adicionais como valores, tempo para fazer adaptação e materiais empregados. Também tivemos o cuidado para ver se as adaptações apresentadas passariam por testes do INMETRO e seriam aprovados para circulação pelo DETRAN.

Depois de muitas pesquisas, chegamos a uma empresa do Rio Grande do Sul que se encaixou nesses requisitos, incluindo menor preço e qualidade na adaptação. 

No início de outubro foi enviado o veículo para a empresa que faria a adaptação e em uma semana ficou pronto. Na inspeção do INMETRO foi tudo OK e a nova documentação ficou pronta em pouco tempo, podendo então o veículo circular pelas rodovias comigo dentro e tudo dentro das leis de trânsito. Desde lá pude finalmente sair mais de casa sem dar muito trabalho, com segurança e sem depender de mais do que uma pessoa para isso. Abaixo as fotos do veículo já adaptado:


Bom, olhando as fotos acima dá para ter uma ideia da complexidade de fazer uma adaptação dessas, pois além do elevador, tem a elevação do teto, nivelamento de assoalho e instalação de fixadores da cadeira e do cinto de segurança. 

Para terminar, gostaria mais uma vez de agradecer a todos que colaboraram, pois sem a ajuda dessas pessoas, sei que seria mais difícil ainda.

Abraços a todos!!!

Um sonho quase realizado

Hoje vou falar um pouco de meus planos para este ano, de poder ter meu próprio carro adaptado e poder sair de casa as vezes e visitar amigos e familiares sem tantas dificuldades que a vida impõe.

Em novembro do ano passado, depois de alguns meses aguardando a análise dos documentos para a isenção de impostos, consegui adquirir meu veículo. Na época consegui um desconto de em torno de R$ 10.000,00 num veículo Doblo. Apesar de ter que financiá-lo, estamos conseguindo pagar devagarinho... Desde aquela época estamos atrás de adaptações possíveis para o veículo, e depois de algum tempo vimos que não são muitos os fabricantes de adaptações e que o preço delas em geral é alto, custando mais de 30 mil reais, ou seja, quase o valor do veículo. As empresas que fazem o processo de adaptação tem que ser homologadas pelo fabricante do veículo, após isso a adaptação tem que ser certificadas pelo Inmetro e tem que constar na documentação do veículo.

Como estamos pagando as parcelas do veículo, não há a possibilidade de financiar a adaptação, então estamos vendo como podemos levantar os fundos para isso. Foi criada uma Ação entre Amigos para conseguir uma parte do dinheiro, e estamos com esperança de que vamos conseguir uma boa parte do valor da adaptação com a ajuda de todos. Então, se alguém quiser e puder ajudar, e ainda concorrer a prêmios, é só falar...

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Condição Humana

"A deficiência é parte da condição humana. Quase todo mundo, em algum momento da vida, será temporariamente ou permanentemente deficiente. Devemos fazer mais para quebrar as barreiras que segregam as pessoas com deficiência. Barreiras que, em muitos casos, nos forçam a viver às margens da sociedade."

Palavras de Margaret Chan, diretora geral da OMS, diante das novas estimativas globais, reveladas neste mês, que indicam que (acreditem!) mais de 1 bilhão de pessoas têm ou já experimentaram alguma forma de deficiência.

Este é o primeiro relatório mundial a trazer estimativas sobre pessoas com deficiência em 40 anos, traçando uma visão geral do status da deficiência no mundo. A pesquisa mostra que quase 1/5 das pessoas que vivem com deficiência, entre 110 e 190 milhões, encontram dificuldades significativas. E que poucos países têm mecanismos apropriados para responder às necessidades das pessoas com deficiência.

As barreiras incluem estigma e descriminação, a falta de cuidados médicos e serviços de reabilitação; inacessibilidade em transportes, edifícios, nas tecnologias de informação e comunicação. Como resultado, as pessoas com deficiência experienciam saúde mais fraca, realizações educacionais mais baixas, menos oportunidades econômicas e taxas mais altas de pobreza do que pessoas sem deficiência.

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Fonte: Movimento Superação - 29 de julho de 2011 - Disponível em:
http://movimentosuperacao.org.br/2011/06/condicao-humana/

terça-feira, 27 de setembro de 2011

Portadores de necessidades especiais enfrentam dificuldades para assistir aos shows na Cidade do Rock

Rio - Comprar um ingresso para o Rock In Rio significa estar disposto a encarar eventuais contratempos, próprios de um evento que reúne 100 mil pessoas por dia. A recompensa é assistir sua banda favorita de perto ou, pelo menos, numa boa localização. Nem sempre. A área exclusiva para portadores de necessidades especiais é suspensa, mas fica à extrema direita do palco principal, o que prejudica a visibilidade. É comum ver cadeirantes deixarem o local para se misturar à plateia.

- Antes de vir, mandamos um email com dúvidas para a organização. Não recebemos resposta. Chegamos na Cidade do Rock e perguntamos a oito pessoas onde era o lugar para deficientes. Ninguém sabia. Quando enfim descobrimos, foi decepcionante. Vamos ver os shows muito mal. Não custava nada fazer um anexo ao lado da área VIP, que fica em frente ao palco. Minha mulher está revoltada - protestou o paulista Samer Pereira da Silva, que, por conta de uma fratura no tornozelo, está se locomovendo de cadeira de rodas.
Samer também encontrou dificuldades para se movimentar no Terminal Alvorada, na Barra:

- O piso é impraticável, não tem rampas. Tiveram que me levar no colo até o ônibus.
Desinformação e falta de ônibus adaptados são outras críticas dos deficientes. Robson Rodolfo, que veio de São José dos Campos com a mulher e a filha, encontrou os primeiros obstáculos na Rodoviária Novo Rio. Cansado de tentar obter informações sobre como fazer para encontrar um ônibus comum que os levasse à Cidade do Rock, pegou três passagens de R$ 18 num coletivo de turismo.

- Do jeito que o esquema de transportes foi divulgado, achei que ia gastar R$ 2,50 por pessoa, mas ninguém sabia me dizer nada. E mesmo assim, pagando R$ 18 pela passagem, o ônibus não era adaptado. Tive que ser carregado pelo motorista para dentro do coletivo - contou Robson, que elogiou o fato de não precisar enfrentar filas e ter saltado perto da Cidade do Rock.

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segunda-feira, 4 de abril de 2011

Técnica de mapeamento da medula espinhal pode melhorar tratamento de lesões

Técnica de mapeamento da medula espinhal pode melhorar significativamente o tratamento de lesões na coluna. É o que sugere estudo de pesquisadores da Queen’ s University, no Canadá.

A pesquisa liderada por Patrick Stroman foi dirigida precisamente para o mapeamento das áreas acima e abaixo da lesão da medula espinhal a fim de melhor determinar a natureza exata de uma lesão e a eficácia do tratamento subsequente.

Quando a pesquisa médica avançar a um ponto onde os médicos sejam capazes de ultrapassar uma lesão na medula, a técnica de mapeamento da coluna de Stroman vai ser a chave para localizar com precisão a lesão a ser superada.

A técnica consiste em capturar várias imagens da medula espinhal usando um sistema de ressonância magnética convencional. A captura de imagens é repetida a cada poucos segundos durante vários minutos. Durante as retiradas das imagens, as sensações de temperatura na pele são variadas, permitindo que áreas da medula espinhal que respondem às mudanças de temperatura sejam detectadas na ressonância magnética.

Durante sua pesquisa, Stroman descobriu ainda que os níveis de atenção têm impacto no processamento da informação na medula espinhal. Ao examinar as diferenças no funcionamento da medula espinhal em pessoas que eram atentas ou distraídas por uma tarefa, ele foi capaz de ver mudanças no nível de atividade da medula espinhal captadas pelo aparelho de ressonância magnética.

"O efeito da atenção é uma das razões pela qual, quando você esta praticando esportes e você se machuca, você muitas vezes só toma consciência da lesão após o jogo, quando a sua atenção e foco mudam", explicou Stroman. "Nós já sabíamos que o nível de atenção de uma pessoa afeta o processamento da informação no cérebro, mas esse achado nos tornou conscientes de que o nível de atenção tem de ser devidamente controlado na pesquisa que visa mapear com precisão a função da medula espinhal."

A pesquisa de mapeamento da medula espinhal de Stroman tem implicações importantes para aqueles com lesões na medula espinhal que sofrem de dor crônica.

A pesquisa também se aplica a quaisquer condições, incluindo esclerose múltipla, fibromialgia e condições congênitas, onde a função da medula espinhal é afetada.
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Fonte: Tetraplégicos - 31 de março de 2011 -  Disponível em:

Novo fármaco abre a porta a reverter casos de tetraplegia

Uma droga capaz de regenerar as células da medula espinhal, abriu a porta para reverter estados de tetraplegia, de acordo com resultados preliminares de um ensaio clínico.

O medicamento foi testado em 48 pessoas, das quais 66% com lesões cervicais passaram da perda total do movimento para a recuperação de parte da mobilidade motora.

O cientista canadiano Michael Fehlings apresentou pela primeira vez o ensaio, com base na utilização da proteína B-210, criado na Universidade de Montreal para a farmacêutica Bioaxone e comercializado como "Cethrin" no congresso científico para a coluna Global Spine Congress realizado em Barcelona.

O estudo, realizado em oito centros de pesquisa nos EUA e Canadá, mostrou resultados "muito encorajadores" para mudar radicalmente o tratamento para pessoas que estão paralisadas em conseqüência de acidentes de carro ou de lesões desportivas, explica o neurocientista Europa Fehlings Imprensa.

O especialista em paralisia, com mais de 300 artigos científicos publicados, explicou que a droga usada no estudo, cujos resultados se publicarão nos próximos meses na revista Journal of Neurotrauma ", tem uma proteína fabricada por tecnologia de DNA recombinante .

É uma proteína que bloqueia uma molécula chamada Rho e impede que as células da medula óssea, destruídas ou gravemente feridas em um trauma, se podem regenerar.

No experimento, foi utilizada uma única dose da droga foi injetada durante a cirurgia para a regeneração óssea, e continuou a evolução do paciente por um ano, todos entre 2005 e 2007.

Por exemplo, o coordenador do estudo clínico mostrou o vídeo de um paciente com paralisia severa que não podia mover braços e mãos e não podia sustentar-se em qualquer posição.

"Depois de um ano, ele recuperou o uso das mãos, pode mover-se em uma cadeira e começou a caminhar com o auxílio de uma estrutura."

Nas lesões baixas, houve um baixo nível de regeneração, explicou, no entanto, nas vertebras cervicais conseguiram-se níveis muito significativos de melhoras.

O ensaio de fase I / II, verificou a segurança e viabilidade do tratamento, e o próximo passo serão estudos aleatórios com grupos de controle e um protocolo rigoroso..

"Vimos que a droga é segura e viável, e isso é muito animador, porque é a primeira vez que um recombinante é usada para promover o crescimento de fibras nervosas. Agora temos que fazer com que realmente funciona para um grande número de pacientes" observou Fehlings.

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Fonte: Tetraplégicos - 31 de março de 2011  -  Disponível em:

quarta-feira, 9 de março de 2011

Plenário e comissões foram adaptados para deputados cadeirantes

Os novos deputados contam com um plenário reformado, para atender aos portadores de necessidades especiais. Três dos parlamentares que tomam posse nesta terça-feira usam cadeira de rodas: Mara Gabrilli (PSB-SP), Rosinha da Adefal (PtdoB-AL) e Walter Tosta (PMN-MG). Foi criado um espaço reservado para cada um deles nas pontas do corredor central de acesso ao Plenário, onde foram instalados microfones.
Para que possam acessar a tribuna, foi instalada uma plataforma elevatória para cadeiras de rodas. "Essas medidas possibilitam que os cadeirantes possam usar o microfone para apartes", diz o diretor da Coordenação de Projetos da Câmara, Maurício Matta.

Mara Gabrilli é tetraplégica e conta com a ajuda de uma assessora, pois só movimenta os olhos. Ela vai votar usando um equipamento especial que já utilizava na Assembleia Legislativa de São Paulo.

A coordenadora do programa de acessibilidade da Câmara, Adriana Jannuzzi, informa que a Casa também comprou triciclos motorizados para a mobilidade de pessoas com deficiência e melhorou a sinalização dos banheiros adaptados.

Maurício informou ainda que, no recesso do final deste ano, serão implementados recursos para que os cadeirantes possam ter acesso à mesa da presidência no Plenário.

Os três deputados cadeirantes também receberam vagas demarcadas no Anexo IV.

Comissões

As comissões também sofreram reformas para receber os novos deputados. Foram criadas áreas reservadas para cadeirantes e feitas obras para garantir o acesso do cadeirante à área da mesa. Dos 16 plenários existentes, apenas dois ainda não foram reformados.

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Fonte: Agência da Câmara Notícias - Câmara dos Deputados - Oscar Telles e Patricia Roedel, 28 de janeiro de 2011 - Disponível em:
http://www2.camara.gov.br/agencia/noticias/POLITICA/192967-PLENARIO-E-COMISSOES-FORAM-ADAPTADOS-PARA-DEPUTADOS-CADEIRANTES.html